É… Acontece.

No último Sábado faltou energia aqui na rua e tive que colocar o portão da garagem em modo manual. Tirei a moto e fiz a idiotice de parar na rampa (descendo) pra fechar o portão. Achei que a moto estava firme, mas foi virar as costas e a moto tomba.

O Estrago:

Sorte que tinha colocado um Crash Bar nela, então o estrago foi mínimo: manopla do acelerador, pisca da seta traseiro e a ponta do Crash Bar.

Não me considero chato ou detalhista com carros e motos, claro, tenho cuidado, mas qualquer veículo vai tendo detalhes com o uso. Faz parte, prefiro ter uma moto bem rodada com suas cicatrizes e muitas histórias pra contar do que uma toda novinha com baixa quilometragem.

Enfim, o estrago está feito, vamos arrumar!

As manoplas eu preferi comprar novas. A danificada tinha uma tampa de metal que quebrou o encaixe dela, e também deformou um pouco a borracha. Dei um pulo na HD pra ver se tinha algo mais em conta de sobra da Black Friday e acabei comprando o par da linha Diamond Black. Foi a que mais gostei e também a que estava mais barata. Acabou que saiu no mesmo preço de uma da Kuryakyn que eu tinha olhado e ainda economizei no frete.

A Low Rider S tem acelerador eletrônico, então a instalação é super simples, pois não precisa se preocupar com os cabos do acelerador de modelos convencionais. Para trocar só são necessárias 2 chaves Torx (T25 e T27), retirar a tampa superior dos controles dos punhos e afrouxar a peça que segura os manetes (não precisa desmontar tudo).

Depois retiramos as manoplas antigas, colocamos as novas e apertamos tudo. Cuidado para nivelar a altura dos manetes, pois quando afrouxamos eles podem descer um pouco e ficar desnivelados.

Tudo pronto com as manoplas fui dar um jeito nos arranhões. Resolvi tentar recuperar eu mesmo. Pior do que está não fica, e pra mim não precisava ficar perfeito, dando uma escondida pra mim já ficaria bom.

A ponta do Crash Bar é removível, então facilitou o trabalho, só precisei de uma chave Allen para retirar. Usei uma lixa 600 pra retirar a tinta e dar uma suavizada nos arranhões. Depois uma 800 para dar um acabamento mais suave.

Depois foi só pintar. Usei tinta spray preto fosco. Depois de 3 demãos de tinta:

Com o pisca a mesma coisa mas não queria desmontar ele todo então só tirei a lente, a lâmpada e dei uma lixada. Isolei tudo com fita e papel e pintei também com spray.

Resultado final:

Creio que deveria ter lixado um pouco mais e usado massa ou um primer para deixar mais liso, mas já deixou o aspecto “menos feio”.

Tirando as manoplas gastei aproximadamente R$ 50 (19 e pouco por cada lata de tinta: uma fosca e outra brilhante, e 3 e poucos por cada folha de lixa). O acabamento não ficou 100% perfeito, mas me diverti aqui durante o dia (era feriado Municipal aqui em BH) e achei o resultado aceitável a ponto de não ter que trocar essas peças. E o mais importante foi a satisfação de fazer tudo sozinho!

1500 km em 3 dias, sem frescura, sem horário… Essas eram algumas das premissas do Roadstock Brasil, evento que deixou saudades.

O RDSK foi criado pela Underdog Brasil, e teve a sua primeira edição em 2014. Produzido pelos empresários Marcelo Diogo e Rogério Duarte do Pateo, o evento foi inspirado em festivais de motos como El Diablo Run, Gyptsy Run e outros. Foram 5 anos e a última edição foi em 2018 (infelizmente). Tive a oportunidade de participar de 3 edições (2016, 17 e 18).

A saída era sempre em uma Sexta-feira, de Belo Horizonte para Araxá, Araxá para Diamantina no sábado e Diamantina para Belo Horizonte no Domingo. Mas o detalhe é que o trajeto não era o caminho mais curto, e sim um trajeto escolhido pelo Marcelo e Pateo para curtir o dia inteiro na estrada, totalizando aproximadamente 1500 km.

Diferente de outros passeios, no RDSK a viagem não é feita com um comboio geral com todos os participantes. A organização do evento somente informa o trajeto, os pontos de parada sugeridos e o resto é por conta de cada participante. Você sai na hora que quiser, anda no ritmo que quiser.

Geralmente se formam alguns pequenos grupos, de amigos, conhecidos ou as vezes até desconhecidos que estão sozinhos e estão procurando um grupo pra rodar junto.

Nas paradas para abastecimento ou para comer alguma coisa os participantes acabam se encontrando, e aí acaba sempre rolando um bate papo, uma resenha de como cada grupo está indo.

Nas noites em Araxá e Diamantina geralmente os participantes se reuniam em algum bar ou pub também sugerido pela organização do evento e a farra corre solta até altas horas da madrugada!

Frio, cansaço, os perrengues de uma viagem longa de moto… Depois de 3 dias e 1500 km rodados nada disso importa, fica uma sensação de alma lavada, pronta pra encarar novos desafios. Mal terminava e a gente já pensava em como seria o RDSK do ano seguinte!

Era do caraleo! Quem sabe se um dia desses o Marcelo e o Pateo não animam a fazer mais uma edição?

Uma das categorias das corridas de Flat Track do Rodeo é a de motos antigas. São permitidas motos fabricadas atá 1979.

Os pilotos dão show em cima dessas raridades, muitas delas com mais de 40 anos! Nas fotos que tirei creio que são todas Flatheads, motos com motor que a HD produziu de 1929 a 1973!

Várias delas tem o câmbio do lado do tanque, que requer que o piloto tire uma das mãos do guidão para passar a marcha, por esse motivo ele é conhecido popularmente como câmbio suicida.

Outra característica dessas motos é a suspensão dianteira do tipo Springer, que é com molas (dá pra ver bem na foto acima na frente do guidão. Creio que todas também são rabo duro, ou seja, não tem suspensão traseira. Por esse motivo geralmente são usados bancos com mola, para absorver os impactos.

Por todos esses detalhes não consigo deixar de ter uma admiração ainda maior por esses pilotos! Já não deve ser nada fácil competir usando motos modernas, imagina com essas antigas!

E hoje foi dia de Distinguished Gentleman´s Ride! Como comentei no último post, a proposta este ano era um ride solo por conta da pandemia do coronavírus.

Acabei combinando com um amigo meu (valeu a companhia Wells!), eu na ovinho e ele de Sportster e demos uma volta pela cidade passando por alguns dos pontos de outras edições do DGR BH. Acabamos encontrando com algumas outras pessoas, algumas rodando sozinhas e outras em pequenos grupos.

Não foi tão bom quanto nos anos anteriores mas também foi legal. Acho o evento muito bacana, por conta da sua temática de doações para pesquisas, prevenção de suicídio, temas de saúde e é claro as motos clássicas. Fica aqui algumas fotos e seguimos na torcida para essa pandemia terminar logo!

Em 2012, Mark Hawwa inspirou-se no tema ‘vestir-se elegantemente’, quando viu uma foto de Don Draper do programa Mad Men sentado em uma motocicleta clássica enquanto vestia um terno. Aí nasceu o Distinguished Gentleman´s Ride (DGR). Mark imaginou que um passeio temático (motos clássicas e participantes vestidos de forma elegante) seria uma ótima maneira de conectar motociclistas e também levantar doações para suportar pesquisas de temas como câncer, prevenção de suicídio, entre outros.

DGR 2017 – Belo Horizonte

Desde 2012, o DGR já arrecadou cerca de 24.5 Milhões de dólares em arrecadações, sendo que o evento acontece em mais de 600 cidades de 104 países, contando com mais de 360 mil participantes.

DGR 2019 – Belo Horizonte

O evento acontece sempre no último domingo de Setembro, sendo que em cada cidade o evento é organizado de forma local por um representante (Host) do evento.

Infelizmente esse ano devido a pandemia do corona vírus, a proposta é fazer um evento solo, onde cada um irá rodar individualmente (ou com uma garupa). É realmente uma pena, o evento é muito bacana. Aqui em Belo Horizonte tive oportunidade de participar todos os anos (menos em 2016 pois estava viajando a trabalho).

Quem quiser fazer uma doação, é só acessar o site oficial do evento: https://www.gentlemansride.com/

Abaixo os vídeos oficiais do DGR 2018 e 2019 em Belo Horizonte.

A Royal Enfield é uma das mais antigas marcas de motocicletas do mundo e apesar da sua chegada oficial no Brasil em 2017 só ganhou mais visibilidade a partir de 2019 com a inauguração de várias concessionárias e o lançamento da Himalayan.

No final de 2019 a Himalayan já era a moto mais vendida da marca e é uma opção bem interessante para quem está procurando uma moto trail.

Ontem aproveitei o passeio com o meu amigo Grilo (que é proprietário de uma) para fazer umas fotos.

A moto vem com motor de 1 cilindro e 411 cilindradas refrigerado a ar que entrega 24,5 cavalos de potência. Tem câmbio de 5 marchas, freios com ABS (disco de 300mm na dianteira e 240 na traseira.

Na dianteira tem para-lamas duplos e suspensão mais alta (como toda trail). A moto não é muito alta, mas como estou acostumado com motos custom que são mais baixas estranhei um pouco a subir na moto, mas nada que não se acostume.

O tanque é de 15 litros, o que garante uma autonomia de cerca de 450 quilômetros segundo a marca. Ela também já vem com um para-brisa pequeno e o painel de instrumentos com alguns mostradores analógicos com uma pegada retrô.

A moto também já vem com mata cachorro, protetor de carter e bagageiro de série. Esses itens, juntamente com a proteção do tanque garante a proteção da moto em caso de quedas e também são úteis para colocar bagagem e acessórios.

Com todas essas características a Himalayan tem um excelente custo benefício, ainda mais se comparada com motos na mesma faixa de preço como a Lander da Yamaha.

E vocês leitores, o que acham da Himalayan? Deixem a sua opinião nos comentários. Novamente o meu agradecimento ao meu amigo Grilo por gentilmente disponibilizar a moto para as fotos.

De todas as atrações do Rodeo a Wall of Death foi uma das que eu mais curti. Tive a oportunidade de conferir tudo de dentro (agradeço a Bruna Wladyka pelo acesso), lá no meio do palco vendo as motos ao meu redor!

Pra quem não conhece, o Wall of Death é basicamente um círculo fechado com paredes de madeira aonde 3 pilotos literalmente andam nas paredes!

Difícil de imaginar? Vejam um pouco do que esses caras fazem no vídeo abaixo.

O show todo é comandado pelo João, que além de apresentar, canta e consegue deixar tudo ainda mais animado e emocionante!

Os pilotos são o Bactéria, Math e Tike. Não falta coragem e habilidade para esse trio viu?

As motos usadas pela turma são essas CGs 160 adaptadas e customizadas pelo Célio Dobrucki.

Os pilotos dão um show! De pé, de lado, sem as mãos, até com a camiseta no rosto para tampar os olhos.

1 moto, 2 ou 3 ao mesmo tempo, os pilotos levam papéis com brindes que são sorteados durante a apresentação (quem estiver na platéia e conseguir pegar na mão do piloto leva). A platéia também contribui com uma gorjeta para os pilotos, segurando as notas na mão e os pilotos sobem o maximo para pegar!

O show é pura adrenalina! E por ver tudo lá de dentro bem no meio do palco foi ainda mais emocionante e especial.

E vocês amigos? Já tiveram a oportunidade de ver esse show incrível?

Voltando com mais uma moto das antigas, do início aqui do blog e da Kingstreet Kustom.

A Sportster é a linha de motos da HD mais antiga que continua em produção. Com uma legião de fans, as sportsters sempre rendem customizações bem legais.

Esta deste post foi customizada em um estilo militar pelo meu amigo Jacaré a pedido do dono que curte muito essa pegada. Essa foi a segunda moto da Kingstreet Kustom. que comentei nesse outro post.

A moto ganhou uma pintura verde fosca, tank lift, teve o velocímetro realocado, suporte de placa lateral entre mais algumas modificações.

Quando fizemos as fotos da moto, pensamos em um local que combinasse com o estilo da moto e fomos para uma região militar na Pampulha.

Curtiram a moto? Que tipo de customização vocês gostariam de fazer na moto de vocês? Deixem aí embaixo nos comentários!

Hoje queria deixar mais uma dica de conteúdo: o canal Road Garage do Filipe Filipec.

Ele viaja muito, mas muito mesmo: Alasca, Atacama, Patagônia… Até a Transamazônica com uma Sporster XR ele já encarou! Olhem só as viagens dele nesse mapa:

Algumas das viagens estão no antigo blog dele (www.roadgarage.com), e o mais bacana são as de 2016 em diante que ele fez em formato Vlog e estão todas no canal dele do Youtube. As viagens estão separadas em playlists, então se quiser acompanhar uma viagem é só entrar lá preparar a pipoca e mandar o Play! A viagem ao Alasca por exemplo tem 100 vídeos.

Fora as viagens o Filipe também manda muito bem com mecânica, fazendo as manutenções e customizações na própria garagem, mostrando tudo no canal com vários vídeos, com dicas de ferramentas de de como fazer você mesmo.

Ah, sigam ele também lá no Instagram, espero que gostem do conteúdo.